HISTÓRIA E FICÇÃO EM BERNARD CORNWELL

Apesar de muito historiador arrepiar quando comentam sobre ficção histórica e épicos, eu realmente entro na contra-mão e busco nesses livros meios de ilustrar aspectos da história que muitas vezes são abstratos, e esses épicos me permite chegar ao aluno/leigo, ou até despertar o interesse pela História.

Para concluir esse post lembro da postagem feita no Facebook em 09/01/2018, onde revelei um trecho do livro "Excalibur", último da trilogia "As Crônicas do Rei Arthur", sobre uma visão dos sacerdotes (Padres, pastores, druidas, etc) e fui questionado por um amigo que já tinha lido alguns livros do Bernard Cornwell, sobre se valia apena ler essa série?
Agora que concluí a leitura do último livro, posso opinar com mais propriedade. O livro é muito bom, ele faz uma reflexão sobre um suposto Rei Arthur histórico, humano e não mítico. Só que a dinâmica do livro é mais devagar, as batalhas travadas são intensas, porém são poucas, ele da bastante destaque as disputas entre a nobreza e seus reinos, as invasões saxônicas na Bretanha e as tentativas dos britânicos expulsarem os invasores. No centro dessas disputas está o grande líder militar Arthur, filho fora do casamento do Rei. O livro se dedica bastante as disputas políticas (nobreza) e as religiosas - cultos e deuses antigos dos bretões, representado pelo druida Merlín, os deuses da Roma Antiga, cultuados por Guinevere e os soldados do círculo de Mitra e os Cristãos tendo como um de seus principais representantes o personagem Sansum. Assim, as disputas políticas e as guerras todas envolvem as disputas religiosas. São esses embates religiosos e políticos que deixam o livro menos dinâmico, mas não ruim. Para quem está acostumado a ler um Bernard Cornwell, mais intenso, em "As Crônicas Saxônicas" , "Em Busca do Graal" e "Azincurt", vai sentir a leitura menos instigante.
"As Crônicas Saxônicas" e "Em Busca do Graal" falei no meu 1º post, mas só para remediar, a primeira série é uma decalogia, e vale apena ler os 10.
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PAPEL DO SACERDOTE
CORNWELL. Bernard. Excalibur: As crônicas de Athur, Vol. 3. Rio de Janeiro. Record. 2014. P. 98.
A partir da página 96, os personagens Dervel e Merlin estão conversando sobre a Magia e a ilusão. Onde Merlin está criando um ritual - teatro para os céticos - para enfrentar os inimigos dos britânicos e a religião cristã em franca expansão na ilha.
A passagem a baixo descreve a importância dos sacerdotes em meio a fé, aos rituais e a esperança. Sim, é uma crítica muito bem feita e interessante realizada pelo autor.
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