PETRÓLEO E A DIFICULDADE DE EXPLORAÇÃO NO BRASIL

O Petróleo fonte não renovável de Combustível e que movimenta uma soma altíssima de recursos financeiros e políticos vai ser retratado nesse blog em duas partes a matéria que segue falando do Royalties e as dificuldades de produção do petróleo enfrentadas pelo escritor Monteiro Lobato e posteriormente uma breve História do Petróleo no Brasil.

AS CRUZADAS DO PETRÓLEO
Por Joice Santos

Acostumado a causar alarde, 'ouro negro' virou assunto com Monteiro Lobato, foi exaltado em propagandas de Getúlio Vargas e, agora, volta ao centro de discussão na política nacional 


A votação que define como serão distribuídos os royalties do petróleo agita Brasília nesta semana. A decisão está prevista para quarta-feira no Senado, depois de amplas mobilizações principalmente no Rio de Janeiro, estado produtor que teria as finanças abaladas pela mudança. 


O escritor Monteiro Lobato foi pioneiro na defesa do nosso "ouro negro". Em 1931, inconformou-se com a interferência de grupos internacionais no país. Foi preso pelo regime de Getúlio Vargas e, desaforado, enviou carta ao então presidente do Conselho Nacional do Petróleo, general Horta Barbosa, agradecendo “os deliciosos dias passados na Casa de Detenção”, que lhe permitiram “meditar sobre o livro de Walter Piktin, A short introduction to the history of human stupidy” (Uma curta introdução à história da estupidez humana). 


Por coincidência – que muita gente diz ser a mão da justiça divina –, o primeiro poço a jorrar petróleo no Brasil, em 1939, ficava em Lobato, uma localidade baiana “xará” do criador do Sítio do Picapau Amarelo. Depois, o próprio Getúlio se apropriaria do discurso para lançar uma cruzada nacional em defesa do nosso petróleo, como mostra a reportagem abaixo publicada em março do ano passado. 


Há pouco mais de 50 anos, o governo brasileiro também promovia discussões e propagandas exaltadas em defesa das jazidas minerais. “O petróleo é nosso” foi o lema de um movimento que uniu diversos setores para impedir a exploração do petróleo por empresas privadas. 


Em um dos vídeos propagandísticos, observamos que o governo, na figura de Getúlio Vargas, passou a defender a participação do Estado na exploração – já que havia caído em descrédito o primeiro projeto de criação de uma empresa mista, com controle da União – e criticava os que pretendiam entregar a concessão a grandes corporações internacionais. Depois de muitas discussões acaloradas, o projeto de estatização do petróleo foi sancionado em outubro de 1953 com a criação da Petrobrás.



Naqueles tempos, a briga pelo domínio da exploração era entre o capital privado e o público. Hoje, com a situação já estabilizada e regulada pelo governo federal, são os estados que brigam não pelo monopólio, mas pelos benefícios oriundos do “pré-sal”. O grito de guerra já foi dado. É o lema da década de 1950 atualizado na forma de funk: “Arrá, urru, o petróleo é nosso!”. Mas ainda falta saber: nosso? de quem? 

01 - Vídeo da Campanha Getulista "O Petróleo é Nosso" 

02 - Vídeo do Proálcool.

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